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O PROCURADOR SEM ESCRÚPULOS

FOTOS: REPRODUÇÃO


O procurador Deltan Dallagnol é um compulsivo por dinheiro e enriquecimento. Nessas últimas conversas divulgadas hoje por Reinaldo Azevedo, a personagem é uma emissária da XP Investimentos, que convida Dallagnol para uma palestra confidencial em maio do ano passado.


E o que Dallagnol quer logo saber? Se tem grana, sem tem cachê, porque o procurador é movido a cachê.

Hoje, ouvi Dallagnol dando entrevistas, sempre com a conversa da moralidade religiosa. E depois li as mensagens escabrosas trocadas com a moça da XP. É repulsivo, asqueroso, é imundo.

Dallagnol era informante de “conjuntura” do que acontecia em Curitiba, para que os banqueiros pudessem se programar. Um procurador, chefe da força-tarefa destinada a caçar corruptos, dava palestras para banqueiros sobre o que eles deveriam saber do andamento da operação comandada por Sergio Moro.

(Os banqueiros achavam que Dallagnol comandava tudo, quando o comandante era o juiz. O procurador enganava os banqueiros, como se liderasse tudo, e ainda ganhava por isso.)

A promiscuidade era tão grande que a própria emissária da XP esclarece que tudo seria confidencial, em voz baixa, para que os banqueiros e Dallagnol se sentissem à vontade. Os encontros eram tão secretos (teve um com Luiz Fux) que não saía uma linha na imprensa.

Quando a emissária de um setor da especulação financeira liga para um procurador federal e fala daquele jeito é porque assim os donos do dinheiro percebem as autoridades. Como indivíduos disponíveis para serem usados à vontade pelo poder financeiro.

Dallagnol era visto apenas como um prestador de serviços. A moça falava com um procurador como se tratasse da palestra de um consultor do mercado. E por quê? Porque a emissária, que se chama Débora Santos, sabia com quem estava lidando.

Débora é mulher do procurador Eduardo Pelella, que foi chefe de gabinete de Rodrigo Janot. A mulher de um procurador trabalha como consultora da área judiciária para os banqueiros e chama outro procurador amigo para que preste serviços aos seus chefes.

É nojento. Dallagnol é um sujeito sem escrúpulos. Tão sem escrúpulos que, ao conversar por mensagens com o colega Roberson Pozzobon sobre as palestras secretas, avalia o risco de ser visto ao lado de banqueiros e afirma: “Achamos que há risco sim, mas que o risco tá bem pago rs”.

Muito bem pago. Com direito a risos dos canalhas.

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1 Comentários

  1. Lamento que o governo federal não promova diversidade nas seleções para concursos públicos. Não apenas reservar vagas mas garantir o diploma universitáriosem mensalidade, o transporte e um auxílio para pais e irmãos que muitas vezes estão em situação de miserabilidade. Muitas vagas para jovens de baixa renda em universidades gratuitas que oferecem biblioteca com acesso a internet, moradia permite ao aluno montar seu escritório, bandejão afasta a preocupação com montar a despensa e manter um armário de louças.
    As autoridades titulares de cargos públicos se conheceram na juventude nos lolapaluza, nas disneilândia e nas boate Kiss. Essa mentalidade de dar consultoria para banqueiros é um projeto de vida que já vem da família e que é aperfeiçoado enquanto se bebe nas baladas caras, enquanto se bronzeia na piscina do hotel. Para acabar com a corrupção tem que ingressar nas instituições públicas profissionais que não dão sustentação a idéias conservadoras, não fazem parte do arcabouço de sustentação das elites. Frequenta a casa do amiguinho, constata a estabilidade financeira da família de um analista do governo. Persegue a meta desde a infância e tem meios para alcançar. Já o brasileiro pobre nem conhece a meta. Quem já foi nomeado não quer miscigenação.

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